segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Virgindade, mitos e tabus

A princípio a virgindade era um tabu, nada mais que um tabu que pregava que a mulher se deveria entregar ao marido imaculada, ou seja, casar sem nunca ter tido algum tipo de relação sexual. Mesmo com o a dita evolução das mentalidades, a virgindade continua nos dias de hoje a ser um tabu. A mulher é virgem enquanto nunca tiver tido um relacionamento sexual. Entretanto, hoje em dia, para permanecer virgem, a mulher procura formas alternativas de sexo, tal como o sexo anal e o oral. Mas não são o sexo anal e o oral, tipos de relacionamento sexual? Claro que sim! Percebemos, então, que a virgem, hoje, é aquela que mantém o hímen imaculado, intacto, inteiro. Esquece-se, no entanto, que existem outras formas de se romper o hímen que não o sexo. Como exemplo, sabemos que certos tipos de hímen se podem romper com o uso de tampões, ou até ao fazer-se um determinado esforço físico. Por outro lado é também possível que o hímen não se rompa durante uma relação sexual em que haja, de facto, penetração (hímen complacente). Quer dizer que nesses casos, a mulher deixa de ser ou continua a ser virgem, respectivamente? Não! O Conceito de virgindade é bastante subjectivo, no entanto na minha opinião, Virgens são aquelas pessoas, mulheres ou homens que nunca tiveram qualquer tipo de relacionamento sexual íntimo com outra pessoa. Mesmo assim caberia ao bom senso discernir o que é um relacionamento sexual íntimo, para que não se gerem controvérsias, no sentido de se pensar que uma "curtição" ou mesmo a masturbação mútua podem tirar a virgindade! É surpreendente constatar que uma película tão fina, com 3 milímetros de espessura, tenha tamanho peso simbólico. Antigamente, a virgindade era um sinal obrigatório de dignidade para a mulher solteira. Hoje, pode parecer uma marca anacrónica, face à liberdade sexual (nem sempre consciente) dos jovens. Na realidade, o hímen tem uma função muito mais importante do que atender a expectativas sociais. Localizado na entrada da vagina, tem o papel de protegê-la, uma vez que na infância a criança não produz hormonas suficientes para se defender de possíveis infecções. Posto isto, espero que este conceito de virgindade caia em desuso, pois na minha sincera opinião, este não passa de um “rótulo”!

Sem comentários: