terça-feira, 24 de agosto de 2010

Os Segredos do Sexo Tântrico

Caros leitores e leitoras, este tópico irá falar sobre uma prática não muito comum, chamada de sexo tântrico. Apesar de eu particularmente não ser adépto dessa prática, considerei importante tecer algumas conciderações nesse sentido, uma vez que este blog se destina a falar sobre a sexualidade na sua plenitude, bem como o prazer que dela possamos retirar. Nascido na Índia Medieval, o Tantrismo remonta a filosofias tão antigas como o Budismo. Praticado a partir do século IV, o Tantrismo é um ensinamento que tem vindo a ser passado de geração em geração, por via oral, do mestre para o seu discípulo. Aliás, talvez não seja por acaso que ‘Tantra’ significa exactamente continuidade, sucessão e desenvolvimento contínuo. A energia é a palavra chave desta filosofia de vida. É necessário despertar a energia, elevá-la o mais alto possível, até atingir o seu expoente máximo, e depois aprender a dominá-la. Por isso, o Tantrismo eleva os impulsos e os desejos sexuais ao seu mais alto nível, aprendendo a geri-los e a dominá-los à vontade do ser humano, embora nunca sejam reprimidos, à excepção da ejaculação. Aqui, no sexo tântrico, a energia é materializada na mulher. Os corpos são puros, quase sagrados, idolatrados na sua essência e funções. Para além do prazer, o Tantrismo defende a união sexual do homem e da mulher, em que a mulher representa Shakti, e o homem Shiva. Não se trata apenas da união de dois corpos que se fundem no acto sexual, mas também a fusão entre as duas forças do mundo: o homem e a mulher num sentido espiritual e sexual. É esta ligação dos corpos que os fiéis do sexo tântrico apelidam como divina e única, o verdadeiro símbolo da criação e procriação de tudo o que nos rodeia. Nos dois corpos que se tornam uno está realmente o nascimento do universo, e a cada momento que os corpos se fundem celebra-se mais um momento de criação humana. Na teoria tântrica a verdadeira importância da fusão dos corpos está centrada na energia. Esta energia está em todo o nosso corpo, fluindo por todos os locais energéticos que possuímos. A nuca, os órgãos genitais a coluna, a testa e o estômago são os centros energéticos do corpo ou, em linguagem mais correcta, os chakras, pontos concentrados de energia. É ajudando a fluir melhor ainda essa energia e a recebê-la correctamente que os praticantes de sexo tântrico se centram. Mas, só é possível uma melhor fluidez da energia através de exercícios de meditação, respiração e concentração, que os levam a atingir um expoente sexual máximo e duradouro. Só assim é possível manobrar e controlar essas energias! A mulher é quem rege as regras para que os corpos se fundam. O homem terá que lhe dar prazer, sem ejacular, concentrando-se o máximo possível no acto. Controlando-se até à exaustão, o homem deverá conseguir aumentar o desejo à sua companheira e esta ajudá-lo a conter-se. Indubitavelmente, é necessária uma grande concentração de ambas as partes, para que a fusão dos corpos dure uma hora, tempo médio dos praticantes de sexo tântrico, embora o tempo tenha a ver com uma questão de prática pois há mesmo quem consiga durar horas numa relação de sexo tântrico. Os orgasmos podem durar 15 minutos, e a parceira fica sempre por cima ou à frente, pois é ela que controla sempre a situação. Muitas das posições são características do reino animal e, por isso, muitas das posições do sexo tântrico remontam sempre para a incursão de animais nos nomes das mesmas. As técnicas de respiração, postura, concentração são indispensáveis para a prática do sexo tântrico, senão seria impossível ter o potencial de equilíbrio que os seus praticantes possuem. Além do mais, os músculos devem ser controlados. A mulher deve contrair os seus músculos genitais durante 5 segundos e depois descontrair. Assim, poderá ‘aprisionar’ o sexo masculino e depois libertá-lo um pouco mais, sempre que ela entender. A relação sexual é dominada por ela, mas sempre com o auxílio do homem.

Sem comentários: